Em 2015, a Square Enix anunciou para o mundo um Remake de Final Fantasy VII, um dos jogos mais amados da franquia estaria de volta no PS4, por causa de uma exclusividade temporária. O jogo mudaria seu combate para algo mais dinâmico, abandonando o esquema de turnos; os jogadores puderam sentir um gosto do que viria com uma DEMO.
O jogo foi questionado por ser dividido em partes, sendo esta a primeira, o número total é desconhecido. Como dito pela própria Square, a história dessa parte iria até a fuga de Midgar, mas teria bem mais conteúdo para fazer valer a pena a compra, se valeu? É o que descobriremos aqui! Fico honrado de apresentar-lhes minha análise de FINAL FANTASY VII Remake.
E aqui estamos novamente, velho amigo
O remake segue os eventos do jogo original, com acréscimos extremamente bem-vindos, mas vamos começar com o básico. Você joga como Cloud, um ex-soldier que agora trabalha como um mercenário, um grupo chamado AVALANCHE contrata seus serviços para a invasão de um Reator Mako (a missão da DEMO disponível na PS STORE), já que Cloud conhece as instalações da Shinra, corporação que ele já trabalhou para. Após a explosão, algo muito legal do remake que segue pelo resto da história é o foco nas ações do AVALANCHE, mostram o caos causado, as dúvidas e revolta da população, são detalhes muito legais que aumentam a imersão nesse incrível e bem pensado mundo.
A desenvolvedora destacou que a história seria ampliada para os padrões atuais, e ela não estava brincando. Final Fantasy VII possui cerca de 30 horas de história, um tempo excelente, personagens como Jessie, Biggs e Wedge possuem muito mais destaque, com um capítulo dedicado para eles, o jogo varia momentos sérios e bobos numa variedade incrível para fazer a diferença.
Como é apenas a parte 1, o jogo termina de maneira satisfatória e, ao mesmo tempo, com um gosto de “quero mais”, é apenas o início de uma incrível história que está por vir, infelizmente, sem datas confirmadas. Muitos duvidavam do formato “episódico” do jogo, mas aqui ele se prova eficiente, visto o trabalho da Square com os cenários e os novos conteúdos da história, se a qualidade da história se manter para os próximos “jogos” e for expandida, o resultado será incrível.
O lado não tão positivo disso tudo são as secundárias, algumas até ajudam a aumentar o escopo do mundo, mas a maioria se resume a matar algum inimigo, coletar objetos e até mesmo encontrar gatos, é. Parecem quests que você veria em um MMO, e elas estão em capítulos separados, o que significa que você PRECISA fazê-las antes de avançar, e em alguns casos, não dá vontade, para salvar sua pele, temos a Seleção de Capítulos para isso, você pode voltar para qual quiser, basta zerar o jogo.
A Modernização de uma Obra de Arte
Final Fantasy VII originalmente possuía um combate por turnos, mas com o remake, isso mudou, o jogo agora segue a linha de um Hack n’ Slash. Apertando X, você verá um menu com habilidades, magias e itens, semelhante à Kingdom Hearts; apertando quadrado ou triângulo, você golpeia com seu personagem dependendo de seus movimentos. Um elemento essencial do combate são as Matérias, que você equipa em sua arma e equipamentos para liberarem outras habilidades, como um golpe a mais no combo, regeneração, magias de fogo, raio, cura, dentre outras, as possibilidades são muitas com esse sistema!
Diferente de Final Fantasy XV, o último a usar um combate livre, não é apenas um esmaga botões que lhe trará a vitória, inimigos precisam ser estudados e enfrentados da maneira mais eficiente possível, caso contrário, você será derrotado, o que ocorrerá muito fácil se não prestar atenção na luta. As lutas de chefes no Remake estão INCRÍVEIS, os jogadores puderam experienciar a Sentinela Escorpião na DEMO, que possui jeitos de facilitar a luta e torná-la mais interativa, outros chefes, como o Airbuster (que foi mostrado em imagens), estão impecáveis e com uma variedade no combate suficiente para se tornar um encontro memorável.
É possível atordoar os inimigos, para isso, você terá de descobrir sua fraqueza e utilizá-la contra ele, após a barra amarela abaixo da vida dele encher, ele ficará imóvel e você poderá desferir golpes com uma força ainda maior, em lutas de maior escala, as Invocações estão presentes. Criaturas conhecidas de longa data, como Ifrit, Leviatã, Shiva e outros que estão presentes, após certas condições, você pode invocá-las (com a matéria da criatura) para te ajudarem em combate, cada um com duas habilidades que consomem barras de energia (usadas também para usar habilidades, magias e itens) e um golpe especial quando a invocação se esgota.
O combate não foi o único a receber melhorias, os cenários icônicos do jogo original nunca estiveram melhor, a cidade do Setor 5, os distritos superiores de Midgar, o Mercado dominado pelo crime, tudo está de volta com o maior charme possível, mantendo a essência do original, como dito, é como “voltar para casa”. Os visuais eram esperados, outra coisa incrível é a trilha sonora, Nobuo Uematsu criou obras de arte no jogo original, mas aqui todas estão de volta com uma cara nova, não há como indicar uma específica, já que todas são incríveis!
Uma aula de como se fazer
Em tempos de Remasters, Remakes, a Square Enix deu uma aula de como se faz, claro, há problemas, side-quests não muito criativas e alguns problemas de textura, mas isso não tira o enorme mérito que a equipe tem de modernizar um clássico. O jogo possui tempo suficiente para se justificar em partes, e conteúdo suficiente para te deixar ocupado por umas 50, 60 horas, há muitos colecionáveis e habilidades para masterizar, em tempos de quarentena, é uma ótima pedida!
Final Fantasy VII Remake traz a todos uma incrível experiência que, quando terminada, virá uma satisfação com um gosto de “quero mais”, nos veremos em Midgar, ou fora, quando a parte 2 sair! Essa foi minha análise do Remake, espero que tenham gostado, até a próxima!
