JOGOS | ANÁLISE

Review | Pokémon Sword & Shield

Após um longo período controverso durante seu desenvolvimento, Pokémon Shord/Shield chegou às mãos do público com a promessa de trazer uma experiência remodelada para a nova geração.

Vitor Fumagalli03 de abr. de 2021Atualizado em 03 de abr. de 2021

Ainda após seu lançamento, dia 15 de novembro, o jogo continuou num estado controverso, e, parece ter piorado. Quero deixar claro que sempre fui um fã de Pokémon e estava extremamente empolgado para o primeiro Pokémon para um console de mesa, mas será que o jogo vingou?

Imagem: Divulgação

A história é bem simples, um garoto ou garota, dependendo de sua escolha, embarcará em uma jornada pela nova região de Galar, inspirada no Reino Unido, para encontrar velhos e novos pokémon e enfrentar oponentes ainda mais fortes com o objetivo de se tornar o campeão, padrão da franquia. O jogo começa num ritmo lento, com seu rival Hop te introduzindo para esse mundo, o setting parece interessante, te instiga a explorar com construções simples e elegantes na primeira cidade, mas tudo isso é um pouco demorado até você pegar seu inicial; os três são Scorbunny, tipo fogo, Sobble, tipo água, e Grookey, tipo grama. Como pode ser o primeiro jogo da franquia para qualquer um, entendo a GameFreak manter esse modelo, mas ele poderia ser aprimorado para ter uma dinâmica melhor. Num geral, a história é simples, mas divertida de se acompanhar, não espere reviravoltas ou tramas profundas, é apenas mais do mesmo. Alguns personagens são mais aprofundados com relação a suas motivações, outros, infelizmente, deixados de lado, mesmo possuindo um grande potencial para a trama.
O gameplay é familiar, sem muitas alterações, uma das adições principais de Pokémon Sword & Shield é o Dynamax, que um Pokémon adquire um tamanho colossal, aumentando sua vida e poder de ataque; principalmente usado em ginásios e Raid Battles, que será um dos próximos pontos a se discutir sobre o jogo.

Imagem: Divulgação

Outra adição bem interessante é a Wild Area, uma área enorme que você explora livremente, capturando pokémon que apareçam em sua frente, que variam de acordo com o clima e horário; e pela primeira vez, uma câmera móvel com o analógico direito do controle para apreciar melhor, ou pior, a paisagem. A Wild Area é um conceito interessante, depois de um tempo você fica familiarizado com o local e não sente um grande feeling de estar explorando algo grandioso, mas pode roubar horas de seu dia, principalmente com as Raids, que são atividades que aparecem pelo mapa em pontos específicos que, quatro jogadores podem se unir para batalhar com um Pokémon extremamente poderoso e, só ao derrota-lo, poderá capturar. Jogar com os amigos é extremamente divertido, já que podem encontrar diferentes Pokémon em Raids para lutar, um ponto negativo nisso é que alguns monstros mais para o endgame possuem vidas elevadíssimas, e com um check para você superar, em alguns casos, pode se tornar frustrante, mas é um desafio a mais.
Parece ser um jogo muito bom até agora, mas entrando na parte técnica, as coisas começam a piorar, e muito. Quesito de gráficos, ele não está de acordo com a região, é no máximo, um jogo de WiiU com gráficos um pouquinho melhores, texturas mal feitas, renderização que pelo amor de deus, você vê um Steelix nascendo na sua frente, em cidades também, NPCs, árvores aparecendo do nada e desaparecem conforme a sua distância deles.

Mas por que pegar tão pesado nesse ponto? A resposta é simples, quase mais da metade da Pokédex cortada, restando apenas 400, na promessa de algo de maior qualidade, e isso é distante do produto final que a GameFreak prometeu. Animações de batalha e de personagens permanecem as MESMAS, o NPC não dá vira organicamente, ele rotacional lentamente para a direção, e com poucas novas de batalha para seletos pokémon, um exemplo disso é o Double Kick que apareceu em trailers, o Pokémon dá um salto, aparece o dano, dá outro salto, e aparece o dano. Um exemplo melhor que eu presenciei com minha evolução do Scorbunny, o headbutt (cabeçada), a animação dele é um chute, poxa, nem para dar uma cabeçada? Modelos de Pokémon foram projetados a partir dos jogos de 3DS, não refeitos como havia sido prometido, em alguns casos você consegue ver o serrilhado do modelo que foi aumentado, principalmente com o Dynamax.
Eu realmente me diverti com o jogo, me diverti jogando com os meus amigos, mas após terminar o jogo senti que faltou algo, que não era exatamente o que eu queria, e fica difícil de recomendar. Pode estar mais perto de um jogo ideal para Pokémon nos consoles? Talvez, devido a toda essa confusão com a GameFreak, eu duvido um pouco. O jogo também está caro, consegui o jogo por um preço relativamente acessível, mas em certas regiões ele chega a 350 reais, o que é uma facada no bolso do consumidor e fã de Pokémon, ainda mais para os colecionadores, já que o jogo possui duas versões, cada uma com pokémons exclusivos e dois ginásios diferentes dependendo da versão.

Pokémon Sword & Shield

Lançamento:15.11.2019

Publicadora:Nintendo

Desenvolvedora:Game Freak

Gênero:RPG

Plataformas:Nintendo Switch

Nota do avaliador:

Bom