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'Ahsoka' promete uma grande aventura para além de uma galáxia muito, muito distante

Nova série de Star Wars sugere desvendar mistérios profundos para além da conhecida galáxia

Geraldo Campos23 de ago. de 2023Atualizado em 23 de ago. de 2023

Ahsoka Tano (Rosario Dawson) é uma das Jedi mais queridas de todo o universo Star Wars e, funcionando praticamente como uma continuação de Star Wars Rebels após os eventos de Star Wars O Retorno do Jedi, as expectativas em relação a nova série são altas. Logo de cara, então, é importante destacar, os dois primeiros episódios atingem a essência do universo (ou melhor, galáxia) criado por George Lucas

O primeiro episódio, de 55 minutos, opta por explorar as nuances dos personagens. Apesar de haver cenas de lutas (aliás, muito boas), o roteiro demora um pouco mais para se desenvolver. A morosidade, no entanto, não é atoa. A série é permeada por uma nostalgia, pela ideia de reviver a tal galáxia distante, carregando consigo o legado Jedi, suas dores, derrotas e a tentativas de ser o que um dia já foi. Tal atmosfera se traduz em Ahsoka, que pode viver todos esses estágios e presenciar, na figura de Anakin, a tragédia de tal narrativa. 

Ora, em termos gerais, Ahsoka transmite uma aura que pouquíssimos personagens puderam adquirir. Por isso, a morosidade que o primeiro episódio propõe, traz o peso desse legado que se depara com a rebeldia de Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo). Esse é um ponto importante, pois Ahsoka e Sabine carregam certa dor - e por que não dizer mágoa - uma da outra, mas que estão dispostas a deixar de lado. Nesse sentido, o motivador desse encontro é a possibilidade de que Ezra Brigder (Eman Esfandi) esteja vivo, e a tentativa de impedir que o Almirante Thrawn retorne. 

É aqui que a série conquista - mais ainda. O convite de Dave Filone, idealizador de ‘Ahsoka’, é de navegar pelos mistérios de Star Wars e, se necessário, para além da galáxia distante. O que isso quer dizer? Quer dizer visitar novas galáxias. E não só isso, falar sobre o passado de civilização (quem sabe) até mesmo pré Jedi. 

O que parecia propor um desenvolvimento lento no primeiro episódio, passa a ser um grande chamado para a aventura que, ao mesmo tempo, se reconcilia com o passado de cada personagem. É emocionante e poderoso. Para fechar com chave de ouro, o segundo episódio se vira para o espectador e diz: “aperte o cinto”. 

Cabe então, uma nota de lamento. Acredito que Ahsoka será, de fato, uma grande história. Que o universo de Star Wars será expandido para um além mar que os três últimos filmes (episódios VII, VIII e XI) não conseguiram e que, pelo contrário, causam desafeto em muitos fãs. Seria ótimo apagar esses filmes do cânone, né? E continuar com as séries. Enfim, deixemos isso de lado, pois o que se ergue agora pode ser muito maior!