Desenvolvido e distribuído pela Amazon Prime Video, Tales From The Loop traz uma temática muito empolgante. Idealizado por  Philip Glass e Paul Leonard-Morgan, a série criou certa altas expectativas dentre o fãs de ficção científica, amantes de séries no geral e já conhecedores da obra original escrito por Simon Stålenhag.

A Premissa

Tales From the loop se passa numa pequena cidade dos Estados Unidos, onde se localiza um centro de pesquisas super avançado que conduzem experimentos científicos, chamado de “O Loop”.

A série se pauta em retratar como esse Centro de Pesquisas interage, seja de forma direta ou indireta, com os moradores da cidade. Apesar de se classificar como “ficção científica”, os experimentos acabam sendo justificativas alternativas para criar um enredo de drama.

Logo de cara a impressão que se tem é a de que tudo irá girar em volta do Loop, o que de fato acontece, porém não de maneira com que instigue a curiosidade. O Loop está lá, fazendo todos os fenômenos acontecerem, e nada mais, não existe nenhum tipo de aprofundamento nisso. O resto é simplesmente ver como as pessoas dali reagem a tudo.

Técnicas e Desenvolvimento

O primeiro episódio prepara o espectador para uma viagem na ficção, mas isso acontece com uma intensidade bem inferior do que se espera. Os episódios acabam muito mais por buscar um apelo emocional e tocar, de forma sentimental, do que necessariamente desvendar um mistério, ou usar do diferencial científico para produzir algo intrigante. Fazendo uma comparação, a série Dark faz isso muito bem, além de ter um drama muito forte, ela usa da temática científica brilhantemente.

Partir para o drama na verdade geram dois problemas: Perdeu-se a oportunidade de explorar a parte cientifica e, os personagens pouco carismáticos não ajudam na dramatização. No geral, grande parte dos personagens são rasos e prodigalizam pouco carisma; apesar de seu considerável número, se conta nos dedos aqueles dos quais geram preocupação por parte de quem assiste. Esse é um aspecto muito influente no desenvolvimento da temporada, visto que em cada episódio o protagonismo e peso de cada um se altera.

Tudo isso vem agregado de um fator tedioso; a série é extremamente lenta. Além disso, existem episódios que contribuem pouco para o todo, e que também são lentos, o que traz certa frustração. Essa característica faz com que a obra seja mais apreciável, caso se assista episódio por episódio de forma espaçada; sem maratonar. Isso vai ajudar na própria imersão com o universo, e vai torná-la menos cansativa.

Um fator sim é de se reconhecer, a fotografia da série esta impecável e linda. Pena que as condições e escolhas de roteiro não seguem esse padrão.

Ao final (na verdade o primeiro, sétimo e oitavo episódios) é quando a série empolga, e empolga mesmo, tendo uma boa conclusão. Os demais episódios tentam construir um peso dramático pouco vendável justamente por ser lento e contar com personagens fracos.

Considerações Finais

Com um grande potencial, infelizmente Tales From The Loop acaba patinando num desenvolvimento lento ao tentar passar uma grande mensagem ao fim de cada episódio.

Contudo, o final da temporada ainda consegue ser empolgante justamente por resgatar seus aspectos científico, mas ainda assim abaixo do que se poderia esperar.